E no final de tudo eu vou poder dizer
Que lutei o bom combate, acabei a carreira e guardei a fé
Hei de terminar minha batalha em pé
Um dia desses que eu não sei ao certo qual é
Isso acontecerá, até lá não deixarei de acreditar
Que maior é o que está em mim do que o que está no mundo
Sendo assim enfrento tudo
Tornou-se limpo o imundo, o excluído agora é aceitável
Fortaleceu-se o frágil.
Inimaginável
É o que ainda se reserva pros que crêem
Maravilhas e vitórias dignas de um rei
Então buscarei, quantas vitórias eu puder e Lhe dedicarei
Por Teu intermédio é que as obtive
Mesmo nos dias de crise, dias infelizes
Trarei o recordo, que o meu Deus vive não está morto
Seu Espírito habita meu corpo
Eu estou nEle e Ele em mim, por isso eu canto.

E AINDA QUE...


As dores do mundo já posso suportar
As guerras e aflições já posso suportar
Pela força que em mim está
Já posso suportar, Já posso suportar

sábado, 1 de outubro de 2011

Piso Salarial



O piso salarial é o primeiro passo

Ainda que o salário-base tenha reduzido desigualdades, a valorização da docência exige também a melhoria das condições de trabalho e a formação. A informação de que o piso salarial dos professores para 2011 foi fixado em 1.187 reais para uma jornada de 40 horas é dessas notícias do tipo copo meio cheio, meio vazio. Meio cheio porque o índice de reajuste, de 15,9%, foi bem superior à inflação do ano passado (5,9%). E porque até 2008 o Brasil não possuía nenhuma lei nacional que regulamentasse um vencimento mínimo aos docentes. Meio vazio porque... bem, convenhamos, ainda não se trata de um vencimento compatível com a responsabilidade da tarefa de ensinar. Aliás, nem com a média do mercado, já que outras profissões que exigem formação semelhante pagam muito mais (veja o quadro na página seguinte). E porque, num contexto em que as condições de trabalho são precárias, e a formação, deficiente, não parece realista acreditar que aumentos salariais levarão, sozinhos, à recuperação do prestígio e da atratividade da carreira docente.

Para começo de conversa, é preciso esclarecer que nunca existiu um passado idílico em que os educadores eram respeitados, lecionavam em escolas de excelente infraestrutura e ganhavam bem. Se a valorização social foi, pelo menos até a década de 1960, uma realidade, o mesmo não se pode dizer acerca dos bons salários. O Brasil já nasceu pagando mal seus mestres. A primeira Lei Geral do Ensino, decretada por dom Pedro I em 1827, estabelecia que eles deveriam receber pelo menos 25 mil-réis mensais - um terço do que ganhava um feitor de escravos e, em valores de hoje, algo em torno de 930 reais.

No século seguinte, a situação melhorou e o salário médio se aproximou dos 2 mil reais (valores corrigidos) na década de 1950, não muito distante do que ganha, hoje, um educador com Ensino Superior (média de 1.788 reais, em 2009). Entretanto, a universalização do ensino, ocorrida entre os anos de 1970 e 2000, exigiu a contratação de uma massa de profissionais sem a formação adequada, que iniciou na função recebendo bem menos do que os graduados (o salário de um docente com Ensino Médio estava em torno de 1.162 reais em 2009). Isso derrubou a média salarial da categoria. O que já não era grande coisa ficou ainda pior porque os investimentos governamentais não cresceram na mesma proporção do número de alunos que passou a frequentar a escola, deteriorando o ambiente de ensino e afugentando, de vez, os profissionais mais bem qualificados para a docência.

GARANTIR O CUMPRIMENTO DA LEI É UM COMPROMISSO PENDENTE
ATRÁS DOS OUTROS Salários médios dos professores são inferiores aos de outras profissões de mesmo nível de formação (considerando uma jornada de 40 horas semanais) Fonte: PNAD/IBGE Clique para ampliar
Restam poucas dúvidas de que a instituição do piso foi uma medida positiva. À época de seu lançamento, o Ministério da Educação (MEC) estimava que cerca de 800 mil professores (40% da categoria) recebiam menos que o valor-base. Agora, entidades ligadas à Educação argumentam que é preciso acelerar o ritmo rumo a um salário digno. Estão certas, mas, antes disso, é preciso assegurar que a própria Lei 11.738, que criou o piso salarial, seja respeitada - até o fechamento desta edição, o julgamento de sua constitucionalidade, questionada pelos estados do Ceará, do Mato Grosso do Sul, do Paraná e de Santa Catarina, estava pendente no Superior Tribunal Federal (STF). No que diz respeito ao salário, a principal polêmica é determinar se o valor estabelecido deve ser entendido como vencimento básico (o que exclui gratificações, por exemplo) ou como remuneração mínima (o que incluiria os extras). Se retirados do piso os "penduricalhos" - como parece ser o desejo da maioria dos professores -, só sete unidades da federação permaneceriam dentro da lei, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE): Acre, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo.

Também não se pode perder de vista que, se a intenção é que a Educação brasileira atinja patamares decentes e a valorização do Magistério se concretize, a remuneração é apenas um dos nós a ser desatado. A recuperação salarial não pode vir desacompanhada da melhoria na formação (o conhecimento didático é a matéria-prima do trabalho docente), da rediscussão das jornadas de trabalho (com períodos dedicados ao planejamento e à avaliação nas escolas) e do investimento na infraestrutura escolar (para que se ofereçam boas condições para lecionar). Sem isso, não haverá dinheiro capaz de atrair os melhores candidatos para as Licenciaturas e a Pedagogia.
O Brasil é
signatário de diversos documentos internacionais, com força de
lei, que reconhecem a todas as
pessoas o direito humano à
educação. Então, vamos pressionar para que o poder público
brasileiro cumpra o que está previsto na lei. Como vocês sabem, os recursos atualmente gastos na educação.Não são
suficientes para que a lei seja cumprida.
Ao definir o orçamento para as áreas sociais, os governos simplesmente partem do dinheiro disponível depois de já terem investido em
outras áreas e pago as dívidas e seus juros. No caso da educação, o certo seria verificar quantas crianças,adolescentes, jovens e adultos estão matriculados, quantos ainda é preciso
matricular e qual é o investimento necessário para oferecer educação de qualidade a todos.
“A gente não quer
só dinheiro.
A gente quer dinheiro
e felicidade.
A gente não quer
só dinheiro.
A gente quer inteiro
e não pela metade...”
(Titãs, “Comida”)

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Ficou curioso, achou o assunto interessante ou engraçado. Fico feliz, tenha uma boa leitura e se sentir vontade, critique, elogie(se gostar é claro) e se não gostar também, afinal vou saber que tudo foi lido, e que não foi em vão...
isso vai me deixar mais animada a escrever mais, heheheh

===Ontem - Hoje - Amanhã quem sabe===

Entrega de Flores

Entrega de Flores
Acredito nisso. Quantas flores são empilhadas em um funeral e quantas flores a pessoa recebeu em vida? Prefiro receber uma rosa e uma palavra amiga de um(a) amigo(a) enquanto estou neste mundo, do que um caminhão de coroas de flores quando eu me for . Você não se lembra da frase... 'Pare e sinta o perfume das flores´??? Alegria te mantém doce, desafios te mantém forte, tristezas te mantém humano, falhas te mantém humilde, sucesso te mantém reluzente, Mas... somente amigos... te mantém em movimento!!!